Há forças vivas, no campus da UFPE!

Em plena pandemia, há uma guerra comercial pelo domínio da internet 5G. Por um lado, trata-se de diversionismo político-eleitoral do presidente Trump, às vésperas das eleições nos EUA. No entanto, há sim, uma guerra pela internet das coisas. Injetar no mundo inanimado, a inteligência artificial, levará os grandes países a disputar um poder total sobre as pessoas. Ninguém se engane, pois de há muito os serviços secretos das grandes potências bisbilhotam nossas vidas. O rumoroso caso wikileaks demonstrou que estamos sendo devassados pelos nossos “irmãos” do Norte, que, agora, (pasmem!) acusam os chineses de espionagem. Esse é o verdadeiro motivo da guerra comercial entre EUA e China.

E sobre essa internet das coisas, já fazia suas previsões o futurólogo Alvin Toffler, nos idos de 1980, em seu best-seller, A Terceira Onda. Ao falar sobre o Meio Inteligente, Toffler abre o capítulo 14, de seu famoso livro, com um curioso parágrafo:

“Muitas pessoas diferentes do mundo acreditavam, e alguns ainda acreditam, que por trás da realidade física das coisas estão os espíritos e que, mesmo objetos aparentemente mortos, rochas ou terra, têm uma força viva dentro deles: omana. Os índios sioux chamavam-lhe wakan. Os algonquinos, manitu. Os iroqueses, orenda. Para esses povos, todo o ambiente é vivo.”

E conclui:

“Hoje, ao construirmos uma nova infosfera para a civilização da Terceira Onda, estamos comunicando ao meio “morto” em volta de nós, não vida, mas inteligência.”

Releio Toffler, enquanto olho pela minha janela, o arvoredo do Arruadinho. Será que não dá para conviverem, harmoniosamente, inteligência e vida?

O verde do Arruadinho está rodeado por prédios, sendo que um deles, diz o povo, é um prédio inteligente. Reparem bem! Inteligência de concreto, bem defronte de uma comunidade arborizada e cheia de vida. De um lado, um laboratório de petróleo e gás, de primeiro mundo, (ou seja, a intelligentsia brasileira ainda está na era do combustível fóssil). Do outro, nós, pobres e reles mortais, ignorantes e ingênuos defensores do meio ambiente.

A propósito, no programa Fora da Curva, sexta, 24/07/2020, na 99.9 FM, o nosso reitor, Alfredo e o vice-reitor, Moa, deram uma interessante entrevista. Falaram do semestre letivo, de ensino remoto síncrono e assíncrono, et al. Mas, ao final da entrevista, veio a melhor notícia:

O reitor revelou que a UFPE tem alguns milhões para aplicar em meio ambiente e energia solar, dentro e fora do campus.

Falou em natureza, logo vem à mente, o nosso Arruadinho, o pulmão verde do campus Recife da UFPE!

Então pensei:

Que tal sondarmos a possibilidade da instalação de uma placa solar que abasteça essa região da área II, incluindo a comunidade?

Além disso, aqui, temos um riacho Cavouco poluído, dezenas de árvores centenárias, precisando de cuidados fitossanitários e uma fauna silvestre a ser catalogada e protegida:

Pássaros, carcarás, raposas, saguis, tejus e timbus, entre outros.

Se não chamarmos a atenção pra esse bioma dentro do campus, toda essa verba vai pra outros lugares, mormente, os que têm vez e voz, e o quase invisível lugarejo, dentro da UFPE, será novamente esquecido.

Há vida, dentro do campus, o verde está pulsando, em meio à invernada.

Há vida, e dentro de tudo há forças elementais, como dizem os nosso griôs.

Mas, a vida carece de cuidados.

Avisem ao Magnífico Reitor, por favor!

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